quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Declaração de Dom Pedro Luiz Stringhini da Pastoral Carcerária por ocasião da Assembléia Nacional

Nova Coordenação da Pastoral Carcerária é eleita em Assembleia Nacional

A Assembleia da Pastoral Carcerária Nacional, realizada entre os dias 26 e 28 de novembro, em Brasília, elegeu a nova Coordenação Nacional e a nova Coordenação de Macrorregiões. Participaram da Assembleia cerca de 80 agentes de pastoral, entre coordenadores estaduais ou representantes, coordenadores nacionais e de macrorregiões e assessores da pastoral.

A Assembleia, que contou com a assessoria e condução de Lourival Rodrigues da Silva, que é especialista em metodologia e planejamento da CAJU (Casa da Juventude de Goiânia), teve como pauta principal a reflexão acerca de dois importantes temas: catequese, tratando especificamente da assistência religiosa nos locais de privação de liberdade, e aumento do número de agentes de pastoral para reforçar os trabalhos no país.

O coordenador, Pe. Valdir João da Silveira, que assumiu a Coordenação Nacional por ocasião da renúncia de Pe. Gunther Alois Zgubic, em julho de 2010, foi reeleito por unanimidade dos presentes na Assembléia. Por sua vez, e conforme estabelece o regimento interno da pastoral, o Coordenador eleito sugeriu a Ir. Petra Pfaller como sua vice-coordenadora, que também foi aprovada pela Assembléia. Para coordenar a área da mulher presa, a Assembléia Nacional escolheu missionária leiga Heidi Ann Cerneka, que já ocupava-se desta tarefa no mandato anterior.

Para compor a coordenação ampliada da Pastoral Carcerária no Brasil, os coordenadores das Macrorregiões também foram escolhidos pelos coordenadores estaduais durante a Assembleia Nacional (veja abaixo).

Ao ser escolhido para continuar na Coordenação Nacional, Pe. Valdir agradeceu a confiança e enfatizou que precisa contar com o apoio de todos em suas áreas de atuação. Também propôs que criará comissões/assessorias específicas de trabalho, entre elas: Jurídica, Saúde, Combate à Tortura, Catequese, entre outras.

Também esteve presente na Assembleia Nacional, Dom Pedro Luiz Stringhini e Ir. Magnólia, da Comissão 8 da CNBB, responsáveis pelas Pastorais Sociais. Dom Pedro acolheu a eleição feita pela Assembleia e nomeou a nova Coodenação Nacional da Pastoral Carcerária. Além disso, agradeceu a todos os membros da coordenação durante a gestão 2006-2010 e desejou bom trabalho aos coordenadores eleitos, em especial ao Pe. Valdir e à Ir. Petra, que devem atentar para o trabalho em âmbito nacional.

A assembléia dedicou-se em avaliar os trabalhos realizados nos últimos anos, com prestação de contas e em agradecer ao Pe. Gunther Alois Zgubic, que permaneceu na coordenação até julho de 2009, quando precisou renunciar por conta de problemas de saúde.


Coordenação Nacional

Coordenador Nacional: Pe. Valdir João Silveira
Formado em Filosofia e Teologia, ordenou-se sacerdote em Santarém - PA em 1988. Cursou Formação Humana e Teologia, pela Universidade Católica do Paraná; Mestrado em Teologia Moral, pelo Instituto Alfonsianum de Ética Teológica; e Melhoria na Gestão Penitenciária para a Incorporação dos Diretos Humanos pela escola Kings College London - International Centre for Prison Studies.

Vice-Coordenadora: Ir. Petra Silvia Pfaller
Religiosa das Irmãs Missionárias de Cristo, é alemã, e está no Brasil deste 1991. Formada em Direito pela PUC-Goiás, possui Especialização em Direitos Humanos pela PUC-Goiás e Especialização em Direito Penal e Processo Penal pela PUC-Goiás.



Coordenadora para a Questão da Mulher: Heidi Ann Cerneka
Mestre em Teologia Pastoral, está no Brasil desde 1997 como missionária leiga na Pastoral Carcerária.



Coordenadores de Macrorregioes

Macrorregião Sudeste - Camille Poltroniere Santana

Macrorregião Norte – Pe. Gianfranco Graziola

Macrorregião Centro-oeste – Ir. Maria José M. de Oliveira

Macrorregião Nordeste - Carlos A.Magalhães - Magal

Macrorregião Sul - Manoel Feio da Silva


Assessorias Nacionais

Jurídica – Ir. José de Jesus Filho

Comunicação – Cloves Costa e Marlise da Silveira Costa


Carta de despedida de Pe. Gunther

São Paulo, 24 de novembro de 2010


Para meu estimado sucessor, na Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária/CNBB:

Paz e Bem!

Peço-lhe transmitir a todos os participantes da VI Assembléia Nacional da Pastoral Carcerária da CNBB, que se realiza nos dias 26 a 28/11/10 em Brasília, meu abraço: meu abraço pelo qual quero saudar e agradecer a todos, pelo tempo, o compromisso e a amizade que pude partilhar com vocês, coordenadores e demais agentes da Pastoral Carcerária do Brasil, em particular, a partir de 2002, quando me fizeram coordenador nacional desta caminhada profética de nossa Pastoral.

Cada um de nós pode e deve avaliar como foi nossa caminhada. Mas, o essencial é, agora, trabalharem a perspectiva da articulação da Pastoral Carcerária, daqui para frente. No entanto, esta perspectiva de trabalho do daqui para frente, já não é mais minha, mas de vocês, sem mim.

Pois meu Bispo, na Áustria, pediu que eu voltasse, no início do próximo ano, à minha diocese de origem, para colaborar lá, onde faltam, hoje em dia, muitos padres e estão pedindo padres de outros países. E em virtude dessa orientação, já estou arrumando minhas coisas, separando o que levo e me despedindo do que deixo. E devo fazer daqui a pouco. Invisto nesses dias, entre outras, também mais para o bem de minha saúde.

Desejo tudo de bem a todos, muita benção de Deus, sempre, nessa desafiadora caminhada da Pastoral Carcerária!

Nunca vou esquecer do Brasil. Nunca vou esquecer deste meu tempo na Pastoral Carcerária. Foi um serviço em que mais pude me realizar e que mais amei.

E caso não me consiga reintegrar no trabalho de padre lá, na Áustria, solicitarei ao meu Bispo para me deixar retornar ao Brasil. Aí poderiam contar comigo de novo.

Saúdem de mim, também, os (as) agentes da PCr em seus estados. Nunca vou esquecer o compromisso e a consagração para essa Pastoral, que encontrei em todas as minhas visitas, nos 25 estados que pude visitar. Lamentavelmente não consegui chegar ao Piauí e ao Maranhão. Isso por acúmulo de trabalho e enfraquecimento de saúde.

Enfim, quero lhes agradecer, - a todos e todas -, a carinhosa recepção brasileira, com a qual sempre me deparei, e que me fez muito, muito bem. Sempre e em todos os lugares, me acolheram tão bem. E quero agradecer a Deus que nos deu a grande graça de dedicação e boa colaboração entre todos nós.

Deus lhes pague a todos, sua amizade e seu carinho para comigo, e seu compromisso para que os presos/as presas tenham vida, vida marcada pelo amor de Deus em Jesus.

Um abraço forte, e grato por tudo.

Seu irmão, sempre, Pe. Gunther A. Zgubic